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Ariel Sharon (em hebraico: ? אריאל שרון, em árabe: أرئيل شارون, Ariʼēl Sharōn, também conhecido pelo seu diminutivo Arik, em hebraico: אַריק, nascido Ariel Scheinermann, em hebraico: אריאל שיינרמן Kfar Malal, Sarom, 26 de fevereiro de 1928 — Ramat Gan, 11 de janeiro de 2014), foi um político e militar israelita que serviu como 11º primeiro-ministro de Israel de 2001 até 2006, quando ficou incapacitado por um acidente vascular cerebral.
Sharon era um comandante do Exército de Israel desde a sua criação em 1948. Como paraquedista e, em seguida, como oficial, ele participou com destaque na Guerra de Independência de 1948, tornando-se comandante de pelotão na brigada Alexandroni e participando de muitas batalhas, incluindo a Operação Ben Nun Alef. Ele foi uma figura fundamental para a criação da Unidade 101, e as operações de represália, assim como na Crise do Suez em 1956, a Guerra dos Seis Dias de 1967, a Guerra de Desgaste, e a Guerra do Yom Kipur, de 1973. Como ministro da defesa, liderou a Guerra do Líbano de 1982.
Durante sua carreira militar, ele foi considerado o maior comandante de campo da história de Israel, e um dos maiores estrategistas militares de seu país. Depois de seu ataque do Sinai na Guerra dos Seis Dias e seu Cerco do Terceiro Exército Egípcio na Guerra do Yom Kippur, o povo israelense lhe o apelidou de "O Rei de Israel" e "O Leão de Deus".
Depois de se aposentar do exército, Sharon se juntou ao partido Likud, e serviu em vários cargos ministeriais nos governos liderados pelo Likud em 1977-1992 e 1996-1999. Ele se tornou o líder do partido, em 2000, e serviu como primeiro-ministro de Israel de 2001 a 2006.
Em 1983, Sharon foi responsabilizado pessoalmente pelo massacre de civis palestinos, perpetrado por falangistas libaneses com apoio das forças de ocupação israelenses, nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, durante a Guerra do Líbano de 1982 (junho a setembro de 1982). A pedido dos falangistas, as forças israelenses cercaram Sabra e Shatila e bloquearam as saídas dos campos para impedir a saída dos moradores e facilitar o massacre.
Na ocasião, Sharon era ministro da defesa e, segundo a comissão Kahan, instituída pelo governo de Israel, ele não tomou as medidas de segurança necessárias a impedir o previsível massacre dos refugiados pelos falangistas. A Comissão Kahan recomendou a remoção de Sharon como ministro da defesa, ele renunciou depois de inicialmente recusar-se a fazê-lo. Em 2003, maior corte de apelações da Bélgica decidiu que Ariel Sharon, já então primeiro-ministro Israel, poderia ser julgado por crimes de guerra, quando deixasse o cargo. O processo contra Sharon foi aberto graças à lei de jurisdição universal, criada na Bélgica em 1993, que permite que pessoas acusadas de cometer crimes de guerra sejam julgadas, independentemente do local onde os crimes tenham sido cometidos. Sharon nunca foi julgado pelos massacres.
Na década de 1970, 1980 e 1990, Sharon defendeu a construção de colônias israelenses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. No entanto, como primeiro-ministro, entre 2004-2005 orquestrou a retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza, alegando razões de segurança. Algum tempo depois, em 2008, as Forças de Defesa de Israel realizariam um devastador ataque à Faixa — a Operação Chumbo Fundido.
Enfrentando uma forte oposição a esta política dentro do Likud, em novembro de 2005 ele deixou o partido para formar um novo, o Kadima. Era esperado que Sharon vencesse a próxima eleição e que ele também planejasse a desocupação da maior parte da Cisjordânia, mediante uma série de retiradas decididas unilateralmente. No entanto, Sharon sofreu um derrame em 4 de janeiro de 2006 e foi deixado em um estado vegetativo permanente até sua morte, oito anos depois.